17 setembro 2007

Welcome to my Word - parte 2


A fila estava considerável, mas havia muitos microônibus fazendo o percursos, que basicamente é atravessar a rua e chegar na frente da porta de entrada da mansão. A gente tinha que ir neles e antes de embarcar tiraram um afoto num painel com o portão das notas musicais e nos davam um audio tour guide (aparelho de tradução com áudio em vários idiomas, inclusive português) para que os visitantes se orientem lá dentro.

Eu peguei um, porém acabei não usando. Eu não queria ouvir uma voz sequer que maculasse esse meu contato com o interior da mansão e tudo o que isso significava na minha vida. Tirei foto das meninas lá na frente, contudo não gostei das quais sou eu quem aparece (geralmente, as pessoas não tiram fotos minhas que fiquem do meu gosto).

Como o fluxo de gente era grande e eu sabia já ali que faria aquela visita de novo antes de embarcar, eu me dirigi para a entrada de mansão depois de me autofotografar algumas vezes. Não sei o porquê, mas achei que ela fosse maior, digo, mais alta e confesso que me surpreendi com a beleza das salas de estar e de jantar. Após tanto ter lido aqui no Brasil que a decoração da casa era de mau gosto, realmente foi uma grata surpresa. Não que isso fosse mudar alguma coisa, mas provou o quanto tem de bla bla bla por aí sobre Elvis.

O fato é que quando botei o pé dentro do local onde ele morou eu não cabia em mim de tanta felicidade!

Eram 13h15.

Acabei me separando das meninas, que preferiram seguir o roteiro do áudio e o ritmo das outras pessoas que desembarcaram conosco. Eu preferi seguir o meu ritmo. Sem pressa e com o máximo cuidado em registrar cada detalhe do lugar. Não só em fotos. Mas, especialmente, na minha mente.

Perambulei pelos cômodos que nos eram acessíveis. Há uma foto da pequena Lisa Marie na parede do lado esquerdo logo que se entra. Do lado direito é a sala de estar com os sofás, a foto do velho Vernon no canto direito, de Elvis com os pais em cima de um móvel no canto esquerdo, com a TV e o piano ao fundo e os vitrais com os pavões azuis (eu acho que aquilo era pavão, mas sou péssima pra esse tipo de reconhecimento).

O quarto de Gladys, a mãe de Elvis, fica naquele mesmo andar. Não se pode entrar, mas se vê as roupas penduradas no guarda-roupa e as fotos de Elvis nas paredes e na cômoda em frente à cama dos pais. Antes de você seguiri para a sala de jantar você se depara com a famosa escada que vai pro primeiro andar e pros quartos que são fechados ao público (ou seja, o de Elvis e o de Lisa Marie). Na verdade, quando você já entra já dá de cara com a escada, mas tinha muita gente parada em frente a ela na hora que entrei e achei melhor a multidão se saciar antes de eu chegar junto.

Do lado da escada, tem um quadro lindo de Elvis. Passei um bom tempo ali olhando para ele e lá pra cima. Pensava em quantos segredos escondiam-se lá no andar de cima. Fiquei imaginando quantas pessoas teriam passado já por ali, tanto enquanto Elvis esteve vivo quanto depois. Tem quem jure que Elvis ainda vive lá em cima e que é por isso que a gente não sobe até lá. Eu não acredito nisso, para mim é marketing puro e simples. Priscilla garante que é para salvaguardar a privacidade que Elvis tanto prezava. Eu não busquei pela verdade ali. Como fã, eu tirei fotos e me dei por satisfeita por estar ali, local de que tanto ele gostava.

Segui adiante, então.

Na sala de jantar, há uma TV bem grande no canto da parede que separa o ambiente da porta de entrada e ela fica bem rente ao chão. Há bonitos armários (eu esqueci o nome exato disso), com portas de vidro, onde ficam pratos, taças etc. Entretanto o que mais me chamou a atenção foi a belíssima mesa posta para o jantar. Depois a gente entra na cozinha, onde estão as TVs por onde Elvis acompanhava o movimento de quem passava pela frente da casa. O ambiente fica meio às escuras e leva você para....baixo!!!

Ok, eu devia saber disso, mas confesso não lembrar e/ou desconhecer o fato de que aqueles cômodos seguintes ficam no subsolo da casa e não no mesmo nível dela. Falo da sala onde está a mesa de sinuca, da TV Room (onde estão as três televisões que Elvis assistia ao mesmo tempo - mania adquirida depois que ele soube que o presidente americano fazia o mesmo) e um minibar. Nesse último predomina a cor amarela e a estátua branca de um macaco chamam a atenção que é uma beleza.

Depois o caminho é subir de novo e encontrar a tão falada Jungle Room, Excentricidade é aqui. Os braços das cadeiras de altos encostos têm o formato de braços de animais e há uma cascata saindo da parede do lado esquerdo (é isso mesmo que você leu: uma cascata). Eu desconfiei que é por causa desta sala que a decoração de Graceland recebeu tantas chacotas ao longo dos anos. O que achei? Impactante, mas a cara de Elvis, ou seja, ele viu, comprou e não se preocupou com o que os outros iam falar.

Logo mais adiante, a gente entra no último cômodo da casa. Nele estão expostos as roupas usadas por Elvis e Priscilla no dia do casamento, a escrivaninha do escritório dele, alguns de seus hobbies (como trenzinhos) e algumas armas de sua coleção. O prédio seguinte é simples e mostra o escritório de Verson. Depois vem o Trophy Building e aí os olhinhos de nós, fãs, brilham.

1 Comments:

At 17 setembro, 2007, Blogger stella said...

são pavões, gil :)

 

Enviar um comentário

<< Home