07 setembro 2007

Girl happy

A partir das 19h daquela segunda-feira teve início o Movies and Music at Graceland. Quem tivesse ingresso poderia assistir ao Viva Las Vegas sentadinho no gramado da mansão. E claro, óbvio e evidente que eu não ia perder essa.

Fomos até lá com o taxista que acabou rodando conosco durante toda a semana. Naim converteu-se ao islamismo quando Cassiu Clay virou Mouhammad Ali no início dos anos 70 e dos quatro filhos dele, um trabalha em Graceland. Interessante não? Graças a ele, o Lincoln, carro que ele usava lá como táxi, tinha entrada no estacionamento dos carros oficiais das lojas de Graceland a qualquer hora, ou seja, a gente não precisava ficar esperando na rua fosse de dia fosse de noite. Some-se a isso o fato dele ser também fã de Marvin Gaye, Magic Johnson e detestar Karl Malone e pronto: estava feita a amizade entre a gente (diz ele que vem ao Brasil em dezembro).

As meninas não quiseram pagar e ainda acharam caro, mas eu pagaria até mais ($75 pelos dois dias) para ter o prazer de ficar vendo Elvis no telão, deitada naquela grama, ao ar livre. Aquela foi a primeira das seis vezes que entrei na propriedade. Eu ainda não consigo descrever com exatidão qual era meu sentimento à medida em que eu atravessava a Elvis Presley Boulevard. Eu só sei que sorria um sorriso aberto, desses que você carrega no rosto e só depois de algum tempo é que se dá conta do quanto aquilo foi natural, espontâneo e está ali há bastante tempo.

De repente lá estava eu, de frente ao portão das notas musicais e do famoso muro de Graceland. Dá para acreditar nisso? Fiquei tão desorientada que entrei sem sequer apresentar o ticket. Foi na revista da minha bolsa que perceberam que eu não estava com a pulseira verde de acesso e me pediram pra voltar. Mostrei a entrada, deram-me a pulseira - com a qual eu poderia entrar e sair quantas vezes quiser - e pronto: acesso liberado.

ATENÇÃO!!!

O Ministério da Saúde de Gil informa: Graceland faz bem ao coração.

Ainda havia muitos lugares disponíveis para sentar, mas para que ter pressa, pensei, se eu poderia aproveitar para dar uma olhada ali outra acolá e sentir aquele gostinho delicioso de sonho realizado espalhado por todos os cantos?

O sol demora a se pôr em Memphis e sem uma nuvem sequer no céu, a gente foi agraciado com um belo entardecer no Tennessee. E lá estava eu em Graceland.

G-R-A-C-E-L-A-N-D.

Eu me segurei pra não chorar.

A emoção era muito.

Eu estava lá.

EU estava lá.

Eu ESTAVA lá.

Eu estava LÁ.

Jesus, que momento maravilhoso foi aquele?

Perfeito só se as pessoas que amo estivessem comigo compartilhando aquele instante de felicidade extrema, mas ainda assim obrigada, meu muito obrigada.

Enquanto o filme não começava, fiquei ali sentada na grama, ouvindo o pessoal tocando Elvis e o Dale Earnhard Jr sendo entrevistado por um repórter da ESPN (se não me falha a memória), falando sobre Elvis e corrida (ele tinha ganho no dia anterior a Nascar - se não me engano). O que não tinei é, com o sol se pondo por volta das 20h, isso significava que o filme só começaria mais tarde e eu perderia o filme (porque combinei de reencontrar Marluce, Nilma e o taxista nos pegar às 21h). Mas pergunta se gostei de estar lá ouvindo aqueles caras falando e/ou tocando.

Pergunta.

Eu preciso responder?

Pois é, amigo.

Coisa de fã.

Só entende de verdade quem sente o mesmo


4 Comments:

At 07 setembro, 2007, Blogger stella said...

gil, quem é karl malone?

 
At 07 setembro, 2007, Anonymous Anónimo said...

"pois � amigo"????
xiiiiiiii... qq isso, gil?! :P

 
At 08 setembro, 2007, Blogger Annix said...

Oi Gil, te achei no blog da Gal. Que maravilha essa sua viagem, estou amando os seus posts! Eu era absolutamente maluca pelo Elvis quando criança, mas acho que isso se dissipou um pouco agora :-)
Continue por favor! Beijos!

 
At 10 setembro, 2007, Blogger Expedito Paz said...

Como te disse no msn, você está numa fase menudete com Elvis, mas eu entendo tudo isso. Ano passado, em uma proporção um pouco menor, eu estava enlouquecido com o New Order também. Só sendo fã pra entender mesmo.

 

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